Pampulha se torna Patrimônio Cultural da Humanidade

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Juscelino pediu e Niemeyer criou o conjunto arquitetônico em BH

ONU considerou o complexo uma obra de arte completa.



O conjunto arquitetônico da lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, agora é Patrimônio Cultural da Humanidade. A Organização das Nações Unidas considerou o complexo uma obra-prima.

Quatro prédios às margens de uma lagoa. Obras que surpreenderam pela modernidade na década de 1940. O jovem arquiteto Oscar Niemeyer deu formas ao que o então prefeito Juscelino Kubitscheck pediu.

"Oscar, nós vamos fazer um bairro, um bairro novo para Belo Horizonte. À volta de uma represa, com uma igreja, um cassino, um clube”.

O salão foi chamado de Casa do Baile. Arredondado, numa ilha artificial. O Iate Clube, às margens da lagoa, sediou várias competições aquáticas.

A caixa de paredes de vidro, sinuosas, no alto da colina era o cassino, que se transformou no Museu de Arte da Pampulha, com espelhos, colunas e muito mármore.

Seu Dirceu, primo de Juscelino, nem acreditou quando ainda jovem, chegou do interior.

“Fiquei admirado de ver uma construção tão bonita, um castelo de vidro, resplandecendo com as luzes acesas, que era uma beleza para aquela época, como é até hoje”, diz Dirceu Oliveira.

A igrejinha, cheia de curvas, era uma construção ousada. O painel do altar, pintado por Portinari, com um São Francisco bem magrinho, e um cachorro ao lado dele, não agradou à arquidiocese na época. E ela ficou fechada por 16 anos.

Seu Antônio e dona Edith foram os primeiros a se casarem na igreja, há 57 anos.

“Fiquei orgulhoso por isso. Todo mundo ficaria orgulhoso porque antes não tinha o culto. O arcebispo proibiu”, contou Antônio Lima.

Todo mundo que visita Belo Horizonte pela primeira vez recebe um bom conselho: “Você tem que visitar a Pampulha”. E quem vem adora. Ô lugar bonito. O conjunto arquitetônico projetado há mais de 70 anos continua moderno. Niemeyer transformou um lago numa obra de arte.

É admirada por gente do mundo todo, como a americana Sarah, que achou a Pampulha belíssima.

E agora a Pampulha foi o primeiro bem a receber o título de paisagem cultural do patrimônio moderno pela Unesco.

“A Pampulha é a nossa maior ousadia das Minas Gerais. Uma senhora que jamais será velha. Bebeu na fonte da juventude. Ela continua linda”, diz o arquiteto Gustavo Penna.

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