GRÉCIA
A Civilização Grega
A história da civilização OCIDENTAL é marcada por importantes contribuições da civilização GREGA entre ela a democracia. Logo abaixo você tem uma cronologia básica dos períodos históricos vividos por este povo.
Dentre os períodos da história grega acima listado um se destaca - o período Clássico. O Período Clássico da História Grega ( VI -- IV a. C.) é normalmente denominado "Período das Hegemonias", na prática foi o período em que desenvolveu-se o imperialismo das duas maiores cidades gregas; primeiro Atenas, depois Esparta.
A Ascensão de Atenas
Desde o século VII a. C. Atenas conheceu grande desenvolvimento econômico, ampliando suas relações comerciais a partir do Porto do Pireu, e a escravidão na produção agrícola. Como consequência a luta de classes tornou-se mais acirrada, forçando mudanças políticas, até a criação da democracia, que beneficiou as camadas populares, mas em especial os mercadores, pequenos proprietários e artesãos.A manutenção da escravidão na cidade foi fundamental tanto para o desenvolvimento da economia, como para a consolidação da democracia, possibilitando uma situação política mais equilibrada, na medida em que as camadas populares tiveram algumas de suas reivindicações atendidas. Na estrutura política, a democracia criou uma nova arma: o ostracismo.
Outro fator fundamental para o desenvolvimento de Atenas foi sua liderança na guerra contra os persas, comandando a Confederação de Delos desde 478 a.C. Durante a Guerra foi se constituindo o imperialismo ateniense que, controlando as riquezas destinadas à guerra, aumentou a produção, gerou empregos, equilibrou a economia e impôs seu domínio à demais cidades grega.
O século de Péricles
Durante seu governo instituiu a remuneração para os ocupantes de cargos públicos, assim como para marinheiros e soldados, realizou várias obras gerando empregos e estimulou o desenvolvimento intelectual e artístico, principalmente o teatro, marcado pelo antropocentrismo, característica fundamental da cultura grega, em suas tragédias ou comédias a preocupação era retratar a vida humana, buscando compreender tudo o que cercava o ser humano, na sua história e em seu cotidiano.
Todo o desenvolvimento da cidade estava baseado na exploração do trabalho escravo e no expansionismo sobre as demais cidades gregas, obrigando-as a manter a Confederação de Delos, mesmo após o final da guerra (448 a.C.), quando os persas já haviam sido derrotados.
A postura imperialista ateniense serviria ao ideal pan-henístico defendido por Péricles. Para o líder ateniense, as cidades deveriam se reunir em um congresso para tratar de assuntos comuns, como a reconstrução de templos ou o combate à pirataria. No entanto esse ideal não foi concretizado, pois as intensas lutas existentes serviram para reforçar a histórica separação das cidades, culminando com a Guerra do Peloponeso, envolvendo praticamente todas as cidades gregas, polarizadas entre Atenas e Esparta.
As cidades gregas
Não havia na Antiguidade um Estado Grego ou um governo grego, mas apesar disso podermos nos referir a uma cultura, religião ou a um povo grego; grande parte das cidades formaram-se com elementos étnicos semelhantes: Jônios, Aqueus e Eólios além disso formaram-se dentro de um mesmo contexto histórico, quando da crise da sistema gentílico e tiveram um desenvolvimento semelhante
A religião politeísta "mitológica" e os Jogos Olímpicos também foram um fator de união entre gregos.
Esparta
Havia em Esparta três camadas sociais bem diferenciadas, que viviam em territórios separados e cuja origem ainda é bastante discutida. Os espartanos ou esparciatas eram a classe dominante, formada provavelmente pelas famílias dos conquistadores dórios.
Estavam proibidos de se dedicarem à agricultura, ao comércio ou a qualquer outra atividade que não fosse a política e a guerra: eram verdadeiros soldados profissionais. Embora cada família espartana possuísse hereditariamente um lote de terra, o kleros, cultivado por servos, os hilotas, era o Estado que administrava a produção econômica. Por essa razão convencionou-se chamar o regime econômico de Esparta de hilotismo, para acentuar as diferenças entre o escravismo praticado na quase totalidade do mundo grego e a escravidão pública que caracterizou o regime espartano. Tanto as terras quanto os hilotas pertenciam ao Estado: o cidadão espartano não podia vender, nem ceder, nem legar por herança o kleros, a não ser ao filho mais velho, assim como não podia vender os hilotas. A princípio havia igualdade entre os espartanos quanto à posse da riqueza, mas, aos poucos, os homoi (iguais), mais ricos e poderosos, foram se distinguindo dos hipomeiônios (menos ricos). Apenas os espartanos possuíam direitos políticos, e, como já dissemos, formavam uma minoria - a quinta parte da população.
A segunda camada social era formada pelos periecos (os da periferia, composta por populações livres, porém sem direitos políticos, embora lhes coubesse administrar as comunidades, fora da cidade de Esparta; onde viviam. Por muito tempo foram considerados prováveis descendentes dos aqueus que se haviam submetido, sem oporem grande resistência aos conquistadores; hoje, admite-se que também famílias dóricas, juntamente com famílias aqueanas, integrassem a camada dos periecos. Eram camponeses, comerciantes e artesãos, podendo possuir terras e bens móveis; gozavam de certa autonomia, vigiada por funcionários espartanos, os Harmostes, e eram obrigados a pagar tributos. 0 casamento entre espartanos e periecos era proibido. Serviam no exército em unidades à parte, pois o serviço militar lhes era obrigatório.
A última camada social era composta pelas populações dominadas e reduzidas à escravidão pública: os hilotas. Eram a massa da população trabalhadora, que habitava nas terras que o Estado havia conquistado. "Cada kleros era cultivado por várias famílias de hilotas que com seu trabalho sustentavam o proprietário e sua família. O que distinguia, em primeiro lugar, os hilotas dos escravos de outros Estados gregos é que eles eram propriedade do Estado, escravos públicos, como os chamam os autores antigos; além disso, ainda que estivessem ligados ao principal meio de produção - a terra - guardavam certa autonomia econômica que os assemelha aos servos. Cultivavam a terra do proprietário espartano com suas ferramentas e pagavam uma renda anual fixa (apófora) in natura : trigo, vinho, queijo, azeite. Como essa renda constituía cerca de metade do rendimento do solo, o resto era suficiente apenas para sustentar algumas famílias hilotas, sem falar nas carências devido às más colheitas. Contrariamente aos escravos de outros Estados, os hilotas iam muitas vezes à guerra, como escolta, carregadores, criados. Sua vida era tão dura que o poeta espartano, Tirteu (século VII a. C.) os compara a "asnos sobrecarregados" (DIAKOV, ,V. e KOVALEV, S.,op. cit., págs. 338 e 339.). Suas revoltas eram freqüentes, ó que colocava os dominadores espartanos sob constante ameaça. Para prevenir essas revoltas, os espartanos exerciam, anualmente, matanças de hilotas nas aldeias; realizadas por jovens espartanos, as críptias constituíam também uma das etapas da educação dos futuros cidadãos.
Na verdade, toda a sociedade e a educação espartanas estavam voltadas para a guerra. "Espero que meu filho volte com seu escudo ou deitado sobre ele", é uma das frases atribuídas às mães espartanas e que caracteriza, de modo exemplar, os costumes belicosos daquela sociedade. Nesse tipo de organização social, o exército tinha importância fundamental. Era sobre ele que assentava a ordem interna e a defesa, externa.
Atenas foi fundada na região da Ática, próxima ao litoral, no século VIII a.C. em torno de uma colina fortificada, onde encontrava-se o Palácio do rei (Basileu) e o templo, constituindo a Acrópole.
A sociedade ateniense dividia-se em três classes sociais, sendo que os eupátridas formavam a aristocracia rural, dona das melhores terras que, diferente de Esparta, eram consideradas propriedade individual, e que monopolizavam o poder político, tanto no período monárquico, como durante o arcontado, forma aristocrática de governo composta por nove arcontes, quando mantiveram a grande maioria da população marginalizada das discussões políticas.
Os georgóis formavam uma segunda camada social, composta a princípio por pequenos proprietários rurais, que trabalhavam com seus familiares e produziam para a subsistência. Muitos desses homens foram reduzidos à condição de servos e de escravos, juntamente com mulher e filhos e podiam inclusive serem vendidos ao estrangeiro.
Os demiurgos formavam a terceira camada social, eram artesãos e viviam do próprio trabalho, porém normalmente em uma situação de pobreza. Havia ainda os metecos, estrangeiros, normalmente comerciantes e sem direitos políticos.Os thetas formavam a camada inferior, eram trabalhadores braçais, camponeses, marginalizados econômica e politicamente. A produção de excedente, fez com que a situação dessa camada se deteriorasse, pois em Atenas desenvolveu-se a escravidão por dívida.
A concentração fundiária, a cunhagem de moeda e a colonização do Egeu, e a marginalização de georgóis e thetas foram os fatores responsáveis pelo acirramento da luta de classes, processo que determinou a criação da democracia na cidade. A passagem do arcontado para a democracia foi fruto portanto da luta contra os privilégios da minoria eupátrida, sendo que esse processo completou-se cerca de um século depois.
Os confrontos políticos possibilitaram o surgimento de líderes que tentaram golpes como forma de ascensão política. Como essas lutas ameaçavam não só o poder político dos eupátridas, mas inclusive a propriedade, a aristocracia foi forçada a ceder às exigências de concessão de leis escritas, nomeando o arconte Drácon para redigir um código de leis. Essas reformas porém mantiveram a escravidão por dívida e os privilégios da elite, fatos que determinaram a continuidade dos confrontos, até a eleição de Sólon para o arcontado. As reformas promovidas por esse legislador foram maiores: abolição da escravidão por dívidas, a libertação de todos os devedores escravizados o favorecimento a produção artesanal e ao comércio e a instituição de uma nova forma de participação política, baseada na riqueza, denominada Timocracia.
Essas reformas desagradaram tanto a elite que perdeu privilégios, como os thetas que obtiveram poucas conquistas, acirrando ainda mais a luta de classes, favorecendo o advento da Tirania.
Tirano é o nome dado aos governantes que chegaram ao poder através de golpes e exercem um governo pessoal. Considera-se que a tirania acabou sendo responsável por abrir caminho para o surgimento da democracia, pois o tirano para poder manter o poder, teve que atrair as camadas populares, dando-lhes maior organização e consistência e ao mesmo tempo enfraqueceu a elite, perseguida, sendo que vários aristocratas tiveram propriedades confiscadas ou foram expulsos da cidade.
No entanto, a transição para a democracia não foi um processo natural. Os tiranos foram derrubados pela elite, que inclusive contou com o apoio de Esparta. No entanto a situação de Atenas caracterizava-se pela decadência: declínio da produção, marginalização dos thetas, conquista persa sobre as colônias da Ásia Menor e a presença dos espartanos em apoio a elite. Foi neste contexto que ocorreu uma grande revolta liderada por Clístenes, que instituiu a democracia na cidade.
As reformas de Clístenes tiveram como objetivo eliminar o controle da aristocracia sobre o poder político. A cidadania foi concedida a um número maior de indivíduos, porém ainda restrita a uma minoria: Homens, livres, maiores de18 anos, nascidos em Atenas e filhos de pais ateniense. Instituiu o Ostracismo, processo que permitia a expulsão de um cidadão da cidade por um período de dez anos, sendo que o nome de pessoas consideradas nocivas a cidade eram escritas em um pedaço de argila
A Democracia Ateniense era uma democracia escravista, o trabalho escravo continuava a ser a base da vida econômica e sua exploração tendeu a aumentar.
Confira as considerações para ter um bom desempenho no Enem:
A segunda camada social era formada pelos periecos (os da periferia, composta por populações livres, porém sem direitos políticos, embora lhes coubesse administrar as comunidades, fora da cidade de Esparta; onde viviam. Por muito tempo foram considerados prováveis descendentes dos aqueus que se haviam submetido, sem oporem grande resistência aos conquistadores; hoje, admite-se que também famílias dóricas, juntamente com famílias aqueanas, integrassem a camada dos periecos. Eram camponeses, comerciantes e artesãos, podendo possuir terras e bens móveis; gozavam de certa autonomia, vigiada por funcionários espartanos, os Harmostes, e eram obrigados a pagar tributos. 0 casamento entre espartanos e periecos era proibido. Serviam no exército em unidades à parte, pois o serviço militar lhes era obrigatório.
A última camada social era composta pelas populações dominadas e reduzidas à escravidão pública: os hilotas. Eram a massa da população trabalhadora, que habitava nas terras que o Estado havia conquistado. "Cada kleros era cultivado por várias famílias de hilotas que com seu trabalho sustentavam o proprietário e sua família. O que distinguia, em primeiro lugar, os hilotas dos escravos de outros Estados gregos é que eles eram propriedade do Estado, escravos públicos, como os chamam os autores antigos; além disso, ainda que estivessem ligados ao principal meio de produção - a terra - guardavam certa autonomia econômica que os assemelha aos servos. Cultivavam a terra do proprietário espartano com suas ferramentas e pagavam uma renda anual fixa (apófora) in natura : trigo, vinho, queijo, azeite. Como essa renda constituía cerca de metade do rendimento do solo, o resto era suficiente apenas para sustentar algumas famílias hilotas, sem falar nas carências devido às más colheitas. Contrariamente aos escravos de outros Estados, os hilotas iam muitas vezes à guerra, como escolta, carregadores, criados. Sua vida era tão dura que o poeta espartano, Tirteu (século VII a. C.) os compara a "asnos sobrecarregados" (DIAKOV, ,V. e KOVALEV, S.,op. cit., págs. 338 e 339.). Suas revoltas eram freqüentes, ó que colocava os dominadores espartanos sob constante ameaça. Para prevenir essas revoltas, os espartanos exerciam, anualmente, matanças de hilotas nas aldeias; realizadas por jovens espartanos, as críptias constituíam também uma das etapas da educação dos futuros cidadãos.
Na verdade, toda a sociedade e a educação espartanas estavam voltadas para a guerra. "Espero que meu filho volte com seu escudo ou deitado sobre ele", é uma das frases atribuídas às mães espartanas e que caracteriza, de modo exemplar, os costumes belicosos daquela sociedade. Nesse tipo de organização social, o exército tinha importância fundamental. Era sobre ele que assentava a ordem interna e a defesa, externa.
(Texto extraído de História das sociedades; Denise, Aquino, Oscar. Ed. Ao Livro Técnico)
Atenas
A sociedade ateniense dividia-se em três classes sociais, sendo que os eupátridas formavam a aristocracia rural, dona das melhores terras que, diferente de Esparta, eram consideradas propriedade individual, e que monopolizavam o poder político, tanto no período monárquico, como durante o arcontado, forma aristocrática de governo composta por nove arcontes, quando mantiveram a grande maioria da população marginalizada das discussões políticas.
Os georgóis formavam uma segunda camada social, composta a princípio por pequenos proprietários rurais, que trabalhavam com seus familiares e produziam para a subsistência. Muitos desses homens foram reduzidos à condição de servos e de escravos, juntamente com mulher e filhos e podiam inclusive serem vendidos ao estrangeiro.
Os demiurgos formavam a terceira camada social, eram artesãos e viviam do próprio trabalho, porém normalmente em uma situação de pobreza. Havia ainda os metecos, estrangeiros, normalmente comerciantes e sem direitos políticos.Os thetas formavam a camada inferior, eram trabalhadores braçais, camponeses, marginalizados econômica e politicamente. A produção de excedente, fez com que a situação dessa camada se deteriorasse, pois em Atenas desenvolveu-se a escravidão por dívida.
A concentração fundiária, a cunhagem de moeda e a colonização do Egeu, e a marginalização de georgóis e thetas foram os fatores responsáveis pelo acirramento da luta de classes, processo que determinou a criação da democracia na cidade. A passagem do arcontado para a democracia foi fruto portanto da luta contra os privilégios da minoria eupátrida, sendo que esse processo completou-se cerca de um século depois.
Os confrontos políticos possibilitaram o surgimento de líderes que tentaram golpes como forma de ascensão política. Como essas lutas ameaçavam não só o poder político dos eupátridas, mas inclusive a propriedade, a aristocracia foi forçada a ceder às exigências de concessão de leis escritas, nomeando o arconte Drácon para redigir um código de leis. Essas reformas porém mantiveram a escravidão por dívida e os privilégios da elite, fatos que determinaram a continuidade dos confrontos, até a eleição de Sólon para o arcontado. As reformas promovidas por esse legislador foram maiores: abolição da escravidão por dívidas, a libertação de todos os devedores escravizados o favorecimento a produção artesanal e ao comércio e a instituição de uma nova forma de participação política, baseada na riqueza, denominada Timocracia.
Essas reformas desagradaram tanto a elite que perdeu privilégios, como os thetas que obtiveram poucas conquistas, acirrando ainda mais a luta de classes, favorecendo o advento da Tirania.
Tirano é o nome dado aos governantes que chegaram ao poder através de golpes e exercem um governo pessoal. Considera-se que a tirania acabou sendo responsável por abrir caminho para o surgimento da democracia, pois o tirano para poder manter o poder, teve que atrair as camadas populares, dando-lhes maior organização e consistência e ao mesmo tempo enfraqueceu a elite, perseguida, sendo que vários aristocratas tiveram propriedades confiscadas ou foram expulsos da cidade.
No entanto, a transição para a democracia não foi um processo natural. Os tiranos foram derrubados pela elite, que inclusive contou com o apoio de Esparta. No entanto a situação de Atenas caracterizava-se pela decadência: declínio da produção, marginalização dos thetas, conquista persa sobre as colônias da Ásia Menor e a presença dos espartanos em apoio a elite. Foi neste contexto que ocorreu uma grande revolta liderada por Clístenes, que instituiu a democracia na cidade.
As reformas de Clístenes tiveram como objetivo eliminar o controle da aristocracia sobre o poder político. A cidadania foi concedida a um número maior de indivíduos, porém ainda restrita a uma minoria: Homens, livres, maiores de18 anos, nascidos em Atenas e filhos de pais ateniense. Instituiu o Ostracismo, processo que permitia a expulsão de um cidadão da cidade por um período de dez anos, sendo que o nome de pessoas consideradas nocivas a cidade eram escritas em um pedaço de argila
A Democracia Ateniense era uma democracia escravista, o trabalho escravo continuava a ser a base da vida econômica e sua exploração tendeu a aumentar.
Democracia ateniense: “É uma democracia na qual existia igualdade jurídica entre os cidadãos, mas não uma noção universal de cidadania. Os critérios para ser considerados cidadãos eram: ser filho de ateniense, do sexo masculino e homem livre, o que conferia direitos iguais, mesmo sendo pobres ou ricos”, afirmou. Além disso, comentou que exatamente por esse motivo, a democracia atual é muito mais próxima à da Revolução Francesa do que a ateniense.
Papel da mulher na sociedade: “Quando comparado com Atenas, a mulher espartana tem um papel de maior destaque, mas não chega a existir uma igualdade jurídica de direitos entre elas e os homens”, comentou sobre a diferença entre os papeis de cada um dos gêneros em Atenas e Esparta.
Guerras Médicas: “Caracterizam o apogeu da civilização grega. É um período de maior destaque para a própria democracia ateniense”, explicou o professor. Os persas tentaram invadir Atenas, mas os gregos colocaram-se na liderança da Conferência de Delos, a fim de proteger os territórios. Devido ao crescente poder que recebia, Atenas fez com que mais pessoas conseguissem participar da política, porque tinham pessoas que podiam fazer os trabalhos manuais para elas, como escravos e colonos. Essa superioridade diante do panorama geral incomodava Esparta e, por isso, outro conflito começa a ser desenvolvido: a Guerra do Peloponeso.
Guerras do Peloponeso: A insatisfação crescente de Esparta em relação ao imperialismo ateniense foi o gatilho para que houvesse uma fragmentação do poder grego. Segundo o docente Neves, “organizou-se uma liga de cidades, chamada de Confederação do Peloponeso, que parte ao ataque para Atenas e regiões aliadas. Foi uma guerra interna da civilização grega, que levou ao declínio da Grécia e, consequentemente, a uma invasão posterior às guerras da civilização macedônica”.
Política da mistoforia: consistia no pagamento de um salário político. O objetivo era fazer com que todos os cidadãos, independentemente da classe social pudessem exercer funções dentro da política ateniense. Neves explicou que isso é necessário “para que, mesmo que a pessoa não tenha posses e condições econômicas de abrir mão do trabalho para exercer a política, uma vez eleita ela pode assumir o mandato, devido à mistoforia que recebe. Há um aumento de participação na democracia da época”.
Fonte: Universia Brasil - Giuliana Saringer
ENEM 2014 - Ciências Humanas e Tecnologias
Questão 21 - Cidadania na Grécia Antiga
ENEM 2014 - Ciências Humanas e Tecnologias
Questão 21 - Cidadania na Grécia Antiga
TEXTO I
Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões públicas por nós mesmos na crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o fato de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação.
TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987 (adaptado).
Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar justiça e exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de exercício, de tal modo que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois de certos intervalos de tempo prefixados.
ARISTÓTELES. Política. Brasílía: UnB, 1985.
a) prestígio social.
b) acúmulo de riqueza.
c) participação política.
d) local de nascimento.
e) grupo de parentesco.
Resposta: C
Confira no link abaixo a aula em Ppt sobre o conteúdo que trabalhamos em sala. Confira!! Bons estudos.
Questões para revisão
01. Esparta apresentou um desenvolvimento histórico distinto da maioria das cidades-gregas, pois:
a) Formou-se a partir de um governo conservador e assumiu um sistema político democrático, com a
participação de todos os cidadãos.
b) Organizou-se na forma de governo oligárquico, cujo objetivo principal era preservar os interesses da aristocracia.
c) Transitou de um governo monárquico para o regime de tirania, o que proporcionou uma política de
equilíbrio entre as camadas sociais.
d) Assumiu a forma republicana de governo, sem possibilidade de ascensão dos grupos sociais.
e) Caracterizou-se por um governo autocrático, no qual o grupo dirigente reunia poderes temporais e
espirituais.
02. Comparando-se a educação ateniense com a espartana, conclui-se que:
a) Os atenienses valorizavam a formação intelectual e física do homem, enquanto os espartanos,
o militarismo.
b) As relações democráticas em Atenas possibilitavam que muitas mulheres se destacassem na sociedade.
c) Em Atenas desenvolveu-se o laconismo e em Esparta a xenofobia.
d) Os espartanos valorizavam o militarismo e o desenvolvimento da cidadania.
e) O desenvolvimento intelectual ateniense permitiu a instituição da democracia e o fim da escravidão.
03. Da coesão temporária entre aristocratas e populares, provocada pela luta contra um inimigo comum, aproveitou-se Clístenes para fazer a reforma que implantou a democracia em Atenas. A democracia surgiu:
a) Com o fim das disputas entre as facções políticas, formalizadas pela aliança entre a elite e o povo.
b) A partir da ascensão de Clístenes ao poder, do partido popular, que aliado a ex-escravos derrotou os aristocratas.
c) Para atender aos interesses políticos da nova elite, os mercadores, e preservar certos privilégios da
antiga aristocracia, como o latifúndio e a escravidão.
d) Como forma de promover maior desenvolvimento da cidade, equiparando-se agricultura e comércio, baseados nos trabalhos dos thetas.
e) Devido às pretensões da elite agrária, em fazer de Atenas cidade hegemônica, como ocorreria no
século seguinte.
04. O século VI a.C. marca a passagem do período arcaico para o período clássico na história dos antigos gregos. O elemento que marcou essa mudança foi:
a) O grande desenvolvimento cultural de Atenas, liderado por Péricles, permitindo à cidade liderar todo o mundo grego.
b) As Guerras Médicas, que possibilitaram o fortalecimento de diversas cidades gregas, dando início à hegemonia dos gregos.
c) O antagonismo entre Atenas e Esparta, mais aguçado, determinando um conjunto de internas pelo
poder.
d) A derrota do Império Persa, que permitiu aos gregos o início do expansionismo sobre a parte do
Oriente e a criação da cultura helenística.
e) O início de um período caracterizado pela hegemonia de uma cidade sobre as demais, eliminando a
soberania da maioria das polis.
05. Os espartanos se utilizaram o laconismo e da xenofobia para reforçar o status quo e evitar mudanças preservando:
a) Um sistema social no qual a mulher não possuía nenhuma função de destaque.
b) A distância sócia econômica, permanecendo o perieco como escravo, e o espartíata como intelectual.
c) A estrutura política que garantia o direito do voto para que todos não fossem escravos.
d) Os limites territoriais da cidade, que fora ameaçado pelo expansionismo persa.
e) Os privilégios da elite militar, que controlava as terras férteis, consideradas propriedades estatais.
06. A vida política de Atenas, durante o período arcaico, foi caracterizada pelas transformações que
culminariam com a criação da democracia escravista. Pode-se afirmar que essas transformações foram impulsionadas:
a) A partir do enriquecimento de artesãos e comerciantes, que aumentaram a posição à oligarquia eupátrida.
b) Pelas grandes rebeliões de escravos que exigiam a liberdade de direitos políticos.
c) Pelo isolamento da cidade, permitindo a ausência e, portanto, a estabilidade política.
d) Naturalmente, acompanhando o desenvolvimento intelectual e cultural da cidade.
e) Após a vitória ateniense sobre os persas, terminadas as Guerras Médicas.
07. (FAAP) Em 334 a. C., Alexandre Magno lançou-se à conquista de um vasto império. Gregos e orientais, num processo de mutualidade, geraram uma nova e brilhante civilização, nascida dos escombros de outras.
Com relação a esse período, pergunta-se:
a) A qual civilização se refere?
b) Quais as mais importantes correntes filosóficas dessa época?
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