FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS

 DEFINIÇÃO

ESTADO: Um povo social, política e juridicamente organizado, que, dispondo de uma estrutura administrativa, de um governo próprio, tem soberania sobre determinado território. (Dicionário Aurélio)

O Estado nacional se formou basicamente, no Ocidente, entre os séculos XIII e XVII com a desintegração das formas políticas do medievo e o crescimento de uma economia capitalista. Sua estrutura pode ser assim resumida: a criação de uma burocracia criada para coordenar as atividades do governo central; a delimitação territorial precisa de suas fronteiras, onde o Estado passava a ser absoluto (todas as outras instituições seja seculares ou religiosas passaram a reconhecer sua autoridade); surge o sentimento de devoção à nação e em todo o território se partilha mais do que um idioma, se partilha uma cultura e uma história comuns. 


FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS EUROPEUS

Portugal: Primeiro Estado Nacional que surgiu, o reino português conseguiu imprimir um considerável desenvolvimento a partir do século XIII. Clique na figura do Rei português D. Sebastião para conhecer mais sobre o assunto.

Espanha: A formação da Espanha está diretamente ligada ao processo de expulsão dos árabes, conhecido como reconquista. Clique na figura da rainha Isabel da Espanha para saber mais sobre o assunto.
O casamento de Fernando de Aragão e Isabel de Castela foi
 fundamental para a criação do Estado Nacional 
Espanhol. 

 França: O Estado francês se consolidou após a Guerra de Cem Anos, clique na figura de Luís XIV (rei sol)  para conhecer um pouco mais sobre a formação da França. Logo após a Guerra dos Cem anos a Inglaterra enfrentou uma guerra civil conhecida como Guerra das duas rosas. Clique aqui para saber mais sobre o assunto. "Foi também no século XIV que ocorreu na Europa o início do fortalecimento do poder central por meio das monarquias nacionais, apontando para a organização do Estado moderno, O processo de formação desse Estado foi bastante contraditório, tornando difícil sua definição.

Na realidade ele refletia um longo período de transição, em que forças políticas e sociais renovadoras (como a burguesia) pro­curavam seu espaço político e outras lutavam para manter o poder e seus privilégios (nobreza). Para a burguesia, os particularismos europeus dificultavam o desenvolvimento das atividades comerciais e financeiras, na medida em que cada região mantinha pesos, medidas, moedas, tributos, leis e taxas diferenciadas. Logo, de sua parte havia interesse na instituição de um poder unificado, pois isso corresponderia à unificação desses padrões.

O poder centralizado também interessava ao rei, que procurava contra-por-se aos poderes locais e fortalecer-se politicamente para não se submeter à autoridade da Igreja e sua tendência universalista (que impõe sua autoridade considerando o conjunto de suas idéias, convicções e valores como uni­versais, não aceitando outros). Por isso, estabeleceu-se uma aliança entre reis e burguesia, direcionada para a formação das monarquias nacionais.

Para concretizá-la era preciso organizar uma burocracia política e administrativa e um exército nacional, tarefa que seria financiada, por meio de impostos, pelos ricos banqueiros e comerciantes. Eles se tornaram, na prática, patronos do Estado e, em troca, receberam concessões comerciais alfandegárias; sobre­tudo, através das monarquias nacionais, obtinham a legitimação e o zelo da nova ordem sócio-econômica. Contraditoriamente, porém, essa mesma monarquia nacional também favoreceu parcela da aristocracia.

Para a nobreza, que começava a perder seus privilégios com a desestruturação do feudalismo, o Estado centralizado representou uma forma mais ágil e eficiente de se apropriar da riqueza gera­da no campo e no comércio. Ao organizar a máquina burocrática centralizada, o Estado permitiu que a nobreza penetrasse na sua estrutura, ocupando cargos e funções importantes. Dessa forma, parte da aristocracia se beneficiava dos recursos arrecadados e coletados pelo Tesouro real, graças às concessões tributárias dadas pela monarquia; formava, assim, um segmento social parasitário repleto de privilégios. Essas contradições de um Estado centralizado que se modernizava e beneficiava a burguesia e o rei, ao mesmo tempo que atendia aos interesses da nobreza, chegaram ao limite no interior dos Estados absolutistas (Idade Moderna).

Esse quadro político produziu durante a Idade Moderna inúmeros conflitos, que se resolveriam em parte no século XVIII, com a reação, principalmente, da burguesia; o caso mais exemplar ocorreria na França no final daquele século." Organizar a máquina burocrática centralizada, o Estado permitiu que a nobreza penetrasse na sua estrutura, ocupando cargos e funções importantes.Dessa forma, parte da aristocracia se beneficiava dos recursos arrecadados e coletados pelo Tesouro real, graças às concessões tributárias dadas pela monarquia; formava, assim, um segmento social parasitário repleto de privilégios.

Essas contradições de um Estado centralizado que se modernizava e beneficiava a burguesia e o rei, ao mesmo tempo que atendia aos interesses da nobreza, chegaram ao limite no interior dos Estados absolutistas (Idade Moderna). Esse quadro político produziu durante a Idade Moderna inúmeros conflitos, que se resolveriam em parte no século XVIII, com a reação, principalmente, da burguesia; o caso mais exemplar ocorreria na França no final daquele século."


Poder Paralelo

"No Brasil o crime comanda, e o governo não faz nada
Os traficantes, vendem, compram, matam, tudo pela
Droga
O poder paralelo no brasil, acaba com a segurança
E a polícia não reage pois está unida ao crime lutando pela grana
As pessoas no mundo só querem dinheiro
E a vida pra elas não vale nada"


A letra da música acima demonstra a antítese da realidade que se verificou no processo ocorrido no período moderno, séculos XIV a XVI. O Estado brasileiro se omitiu, negou a sua autoridade em diversas áreas de seu território e permitiu que o estado paralelo se instaurasse subjugando populações, impondo um modelo econômico próprio, justiça arbitrária que executa sumariamente, cobrança de impostos e taxas indevidas.
 No infográfico abaixo saiba um pouco mais como funciona a hierarquia de poder nas favelas e a teia do tráfico de drogas.

ESQUEMA RESUMO: 

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